China diz que superávit comercial dos EUA é "inevitável" e alerta que está pronta para guerra comercial l2t25
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PEQUIM, 9 de abril (Reuters) - A China chamou na quarta-feira seu superávit comercial com os Estados Unidos de inevitável e alertou que tem "determinação e meios" para continuar a luta se Trump continuar a impor tarifas sobre produtos chineses para tentar reduzi-lo.
O presidente dos EUA, Donald Trump, cumpriu sua ameaça de impor taxas de 104% sobre produtos chineses, assinando uma ordem executiva na terça-feira que entrou em vigor depois que Pequim ignorou sua exigência de que retirasse as taxas retaliatórias anunciadas após Trump revelar uma rodada inicial de tarifas.
Trump impôs tarifas "recíprocas" a dezenas de economias que ele acusa de "roubar" os EUA ao vender produtos para a maior economia de consumo do mundo, ao mesmo tempo em que mantém barreiras comerciais que inibem o o das empresas americanas ao mercado.
Mas ele destacou a China como país com as tarifas mais punitivas, preparando o cenário para um ime entre as duas maiores economias do mundo.
Um caminhão transporta um contêiner perto de guindastes de pórtico, descarregando contêineres de um navio de carga, em um porto em Tianjin, China, em 8 de fevereiro de 2025. REUTERS/Florence Lo/ Direitos de licenciamento de compra de foto de arquivo.
"A China não busca deliberadamente um superávit comercial", disse um documento sobre os laços comerciais entre os EUA e a China, divulgado logo após as tarifas mais altas entrarem em vigor pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado, que interage com a mídia em nome do governo.
"O desequilíbrio comercial de bens entre a China e os EUA é um resultado inevitável de problemas estruturais na economia dos EUA e uma consequência das vantagens comparativas e da divisão internacional do trabalho entre os dois países", acrescentou o relatório.
O superávit comercial da China com os EUA aumentou para US$ 295,4 bilhões no ano ado, ante US$ 279,1 bilhões em 2023, segundo dados do Censo dos EUA. O déficit comercial de bens atingiu o pico em 2018, com US$ 418 bilhões, mesmo ano em que Trump, em seu primeiro mandato como presidente, impôs tarifas sobre as remessas chinesas para o exterior.
"Não há vencedores em uma guerra comercial", afirmou o Ministério do Comércio da China em um comunicado que acompanhou o lançamento do relatório. "A China não quer uma, mas o governo jamais permitirá que os direitos e interesses legítimos do povo chinês sejam prejudicados ou retirados."
"Os Estados Unidos estão usando tarifas como uma ferramenta para exercer pressão máxima em busca de ganhos egoístas — isso é unilateralismo clássico, protecionismo e intimidação econômica", acrescentou o comunicado.
Reportagem de Joe Cash; Edição de Christopher Cushing, Clarence Fernandez e Kate Mayberry
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