Com podridão em segundo plano, mancha-alvo e cercospora se tornam os principais desafios na soja 5w1i1k

Publicado em 09/05/2025 17:16
Marcelo Gimenes e Luana Belufi - Ger. de Fungicidas ADAMA e Coord. Fitopatologia da Fundação Rio Verde
Especialistas detalham como protocolo de manejo em cada fase da soja, com o produto correto, criando um plano de sanidade podem ajudar na mitigação de perdas
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Com podridão em segundo plano, mancha-alvo e cercospora se tornam os principais desafios na soja 5w1i1k

A mancha-alvo e a cercosporiose despontam, pelo segundo ano consecutivo, como as doenças mais severas na cultura da soja em Mato Grosso, superando, inclusive, a tão temida podridão-de-grãos. A conclusão é da pesquisadora Luana Belufi, coordenadora de Fitopatologia da Fundação Rio Verde.

Segundo a especialista, a severidade da mancha-alvo vem aumentando nas últimas safras e, ao contrário do que se imaginava, a cercospora também se consolidou como uma ameaça relevante — independentemente de o ciclo agrícola ter sido marcado por seca ou por excesso de chuvas. “Nas safras 2023/24 e 2024/25, vimos cenários climáticos opostos, mas a pressão dessas doenças se manteve alta. Isso mostra que o protagonismo da mancha-alvo e da cercospora vai além do clima e precisa ser enfrentado com uma estratégia consistente de manejo químico”, reforça Luana.

De fato, o histórico recente confirma a tendência. Enquanto a podridão-de-grãos teve incidência moderada na safra 2022/23, praticamente desapareceu nas duas últimas. Já a mancha-alvo e a cercospora não deram trégua — e seguem impactando a produtividade. Estima-se que, se não controlada, a mancha-alvo possa causar perdas de até 30% na produtividade da soja.

A pesquisadora também alertou que a podridão-de-grãos está mais relacionada à suscetibilidade genética das cultivares do que ao manejo químico adotado. “O produtor precisa escolher a cultivar certa para evitar a podridão. Mas, no caso da mancha-alvo e da cercospora, o caminho é outro: é a escolha adequada de fungicidas que faz a diferença”, explica.

Foco no manejo eficiente

A recomendação da Fundação Rio Verde é clara: intensificar o controle dessas doenças com base em soluções de alta performance. Nesse cenário, o fungicida Armero®, da ADAMA, tem sido amplamente utilizado por sua alta eficiência no controle da mancha-alvo, tanto em condições secas quanto úmidas. Já para o manejo do complexo de doenças, com destaque para a cercospora, Blindado® T.O.V. se destaca como ferramenta estratégica por sua performance consolidada e formulação diferenciada.

“O que temos observado é que os produtores que apostaram em programas com Armero® e Blindado® T.O.V. conseguiram manter as lavouras mais sadias, mesmo em áreas de alta pressão de inóculo”, afirma Marcelo Gimenes, gerente de Fungicidas da ADAMA. “Tão importante quanto a escolha dos produtos, com alta performance dos ativos e tecnologia de formulação, é o entendimento de que o manejo preventivo, com posicionamento adequado, é o que garante a eficiência no campo.”

Posicionamento técnico

A pesquisadora defende um protocolo de aplicações para auxiliar o produtor na tomada de decisão. O plano envolve a redução do inóculo inicial no tratamento de sementes, seguido do início do controle ainda no estágio vegetativo (20 DAE), principalmente em áreas de algodão com histórico de mancha-alvo, e segue com aplicações-chave aos 35 dias, para o manejo da mancha-alvo; aos 50 a 65 dias, com foco em mancha-alvo e cercospora, e aos 65 a 70 dias após emergência para controle de cercospora e ferrugem, focando nas principais fases de suscetibilidade da cultura às doenças.

Para a pesquisadora, “o sucesso está na combinação de um bom posicionamento técnico, produtos consistentes e monitoramento constante da lavoura. Não dá mais para apostar em soluções genéricas ou em aplicações tardias.”

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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