Oferta restrita de animais continua e preços da arroba consolidam movimento de alta. Carnes garantem sustentação acima dos R$10,00/kg 2ny35
A baixa oferta de animais está balizando os negócios com o boi gordo nesta terça-feira (16). Em São Paulo a dificuldade de aquisição grandes lotes obriga as indústrias a buscarem oferta em outras localidades.
Com a disponibilidade restrita e a necessidade de recomposição dos estoques, que estavam enxutos devido ao feriado do carnaval, os negócios na praça paulista ocorrem entre R$ 155,00 a R$ 156,00/@ a vista. Segundo o analista da Terra Investimento, Élio Micheloni Jr, "a oferta está a quem da demanda total, incluindo mercado interno e exportações".
Para o analista, considerando apenas a disponibilidade de boiadas, a tendência para os preços no decorrer do ano é de alta, contudo, será preciso avaliar a andamento da demanda neste período. Atualmente, o ritmo acelerados das exportações nas primeiras semanas do ano têm dado sustentação aos preços da carne e margem para que os frigoríficos consigam bancar as altas que ocorreram na matéria prima.
"A margem das indústrias já não é tão boa quanto a um mês atrás, porém eles ainda conseguem pagar o preço para cumprir os compromissos. De certa forma, esse cenário limita um pouco a alta, embora ela venha acontecendo", destaca Micheloni.
De qualquer forma, Micheloni considera que o mercado pode apresentar novos reajustes no curto prazo dependendo do cenário de exportação nas próximas semanas.
O fator positivo para as vendas externas é a reabertura do mercado ao Irã e Arábia Saudita, bem como a China que tem demandado grandes volumes desde o segundo semestre do ano ado.
Do lado negativo estão os países que possuem a economia baseada no petróleo. A Rússia e a Venezuela já haviam reduzido significativamente as compras ainda em 2015, e agora com a queda nos preços do barril de petróleo esse cenário pode se agravar.
Entretanto, considerando que o mercado exportador prossiga em bom ritmo no decorrer do ano, e os preços da arroba sustentados, a situação mais grave se voltará aos frigoríficos que dedicam suas operações exclusivamente ao mercado interno.
"Os frigoríficos exportações irão pagar preços a qual os de mercado interno não poderão pagar, então vai apertar a margem. Tanto é que já vimos o movimento de algumas indústrias de médio porte pedindo para se registrarem como exportações", ressalta o analista.
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