Feijão em baixa enquanto o mercado aguarda volta dos compradores 6l661l
A movimentação dos preços para o mercado do feijão carioca não é positiva para os produtores nesta primeira semana de janeiro, como aponta o analista Marcelo Lüders, da Correpar.
Como conta Lüders, alguns produtores acabaram negociando ontem e hoje em algumas regiões do Paraná com o feijão entre R$100 a R$115 a saca. Em São Paulo, R$130 a R$135 e em Goiás, R$130 a R$140 reais.
Ele destaca que o mercado está um pouco mais calmo, como demonstra o recuo nas cotações. O mês de janeiro, por sua vez, terá uma concentração de oferta, mas a primeira semana do mês, tradicionalmente, é "uma semana onde nem tudo funciona direito ainda no Brasil", diz.
A expectativa é que a movimentação, quando aconteça, venha de maneira mais forte e coordenada. "O produtor vender abaixo do preço não vai estimular a plantar a segunda safra, que é agora em janeiro e fevereiro", destaca. Porém, a entrada dos compradores deve ocorrer em breve.
Lüders conta ainda sobre a movimentação de diversos supermercados que voltaram com os preços de R$8 a R$10 o quilo do feijão, que foram praticados no mês de novembro. Ele acredita que os supermercados aproveitam a valorização do feijão do ano ado e resistem a ceder. Com isso, o consumidor também se torna um especulador, acreditando estar pagando um preço mais baixo do que os R$15 que já foram praticados anteriormente e realizando estoques do produto.
Nas conversas que Lüders teve com produtores, ele observou também que um preço acima de R$150 irá estimular os produtores a comercializar boa parte do feijão. Abaixo disso, os problemas se agravam, principalmente por conta das dificuldades que houveram na produção em vários lugares que implicaram em um custo mais alto.
Mais produtores também tomaram conhecimento da estiagem que ocorre em Minas Gerais e em Goiás. O analista acredita que, à medida em que mais produtores tomarem conhecimento disso, eles começarão a istrar melhor a sua comercialização, embora os produtores que não tiverem capacidade de armazenamento tenham que colocar seu produto no mercado em janeiro.
Para quem produz feijão preto, que teve uma boa produtividade no Paraná, o preço recebido é de R$170 a R$180. Para os produtores de feijão vermelho, que foram poucos, R$170 a R$200, com negócios ocorrendo até mesmo na semana mais calma. O feijão rajado, por sua vez, teve uma perda grande no sudoeste do Paraná, mas também é um feijão que tem dado um retorno interessante para os produtores, segundo Lüders.
As variedades de feijão carioca com escurecimento lento permitem também que os produtores istrem um pouco melhor a sua safra, vendendo apenas para fazer caixa.
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